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domingo, 16 de dezembro de 2012

Texto: À criação



Salve, pessoal! Hoje gostaria de compartilhar com vocês um texto que comecei a escrever na manhã do dia 03 deste mês e só agora concluí. Não costumo demorar tanto para terminar um texto – principalmente quando estou um pouco inspirada, como foi o caso da manhã em questão. Todavia, de 03 a 13 de dezembro minha cidade comemorou a festa de nossa padroeira, Santa Luzia (minha amada irmã Luzia!), e estive meio envolvida com os festejos. 

Felizmente, após assistir ao belíssimo filme Irmão Sol, Irmã Lua – que conta a história de São Francisco de Assis e, indiretamente, de Santa Clara (com algumas falhas e desvios; mas, no geral, é bom) –, percebi que já estava seguindo uma linha de pensamento franciscana e encontrei o sentimento que faltava para encerrar meu raciocínio. Por favor, não atentem tanto para minha escrita simples. Espero conseguir transmitir um resquício do que sentia quando redigi as seguintes palavras.


Pergunto-me quantas pessoas param, em seus dias super atribulados, para ouvir os sons da criação. Quantas tomam café junto a uma verdadeira sinfonia de pássaros. Quantas ouvem e sentem o vento refrescar sua face. Quantas observam os diversos formatos das nuvens, a imensidão gloriosa que é o céu.

Nesta manhã, questiono-me quantos de meus irmãos e irmãs sentem o calor do sol na pele não só como calor, mas como algo divino. Quantos ainda tomam banho de chuva (há banho melhor?!). Quantos escutam a orquestra de latidos, miados, coaxares e outros sons animalescos que parecem se unir para louvar a Deus. Eles louvam. Provavelmente melhor do que vários de nós. E as plantas? Desprovidas de voz, seu louvor é o balançar ao vento – ó bailar belo e silencioso! A criação glorifica o Criador. O Criador ama aqueles que O amam! Ora, Ele ama até os que O detestam!

Quantas espécies de flores existem? Com todo o nosso desenvolvimento e tecnologia, os biólogos não fazem ideia. É uma pena que, tão ocupados, passemos por uma variedade delas sem atentar para as diferentes cores, os tamanhos, o número de pétalas, as formas. Parece-me que só vemos a beleza das flores quando as arrancamos da terra para presentear alguém amado. Que pena! Eis que grande parte do encanto já se perdeu. É preciso que a flor morra para lamentarmos o período em que ela estava viva (não é só com as flores que é assim).

Há poucos dias, reservei um tempo para passear pelo pequeno jardim de minha casa. Fiquei surpresa com o que encontrei por lá. Quem diria que havia tanta vida em tão apertado espaço! Desde quando temos uma roseira tão bonita? As abelhas sempre estiveram por lá? Por que nunca reparei no majestoso voo do beija-flor? E a grama... não sabia que tínhamos grama tão verde! Como pude não saber? Piso-a frequentemente! Acaso não olho para o chão? Olho, pois! E o orvalho nas folhas de nossa caramboleira... por que não me detive a contemplar tão mágica visão? Acaso não olho para cima? Também olho! E os pequenos insetos que se ocultam entre os cantos... que fascinante é descobrir seus esconderijos! Por que não me perdi nessa brincadeira antes? Acaso não ouço os insetos? Ouço-os! 

É, o problema é comigo. Não foram os seres ao meu redor que mudaram. Fui eu. Entendo que, até não muito atrás, olhava sem ver, escutava sem ouvir, cheirava sem captar odor algum, tocava sem sentir. E, por que não, vivia sem viver? Amava sem amar? Sorria sem prazer?

Sério! Quanto tempo perdemos nos preocupando com horários, finanças, títulos, aparência... Como diz o Pai Celestial, olhai as aves do céu e os lírios do campo! Trazendo as Palavras para a atualidade, as aves não passam em supermercados, bem como os lírios não vão a shoppings. Mas eis que o Senhor cuida para que não falte alimento às criaturas aéreas; assim como cuida para que os lírios, em sua simplicidade, vistam-se melhor do que qualquer famoso no tapete vermelho.

Por que se preocupar tanto com o futuro? Por que tanta pressa? Por que acumular tantos bens materiais? Não iremos todos um dia virar comida dos vermes? Que dignos são os vermes, visto que não fazem distinção entre um defunto bem vestido e um de vestes ralas. Deveríamos aprender com eles. 

Irmãos, não veem que vocês são muito mais importantes para o Deus-Todo-Poderoso do que qualquer um dos animais, vegetais, ou elementos da criação que citei? Não se dão conta do quanto o Criador os quer? Ah, homens de pouca fé, parem para observar tudo que lhes foi dado! Vejam a maravilha que é a natureza! Contemplem a Misericórdia do Altíssimo, que, mesmo desprezado por Seus filhos ao fim de cada noite, faz com que o Sol nasça novamente para iluminar nossos corações a cada dia. Sorriam de verdade, amem de verdade, vivam de verdade. Então perceberão que há um sentido maior nas coisas. Que há algo infinitamente maior guardado para vocês!


Estava num momento de oração comunitária em um terceiro andar quando me veio à mente como terminaria o texto. Que visão linda tive em seguida! Eram umas 17h30 e, de repente, vi centenas de pombos voando, naquela formação perfeita que é típica dos pássaros, rumo a só eles sabem onde. Não consegui acrescentar esse fato ao texto, que já ficou grande como está, porém gostaria de contar. Algo tão comum, mas que não deixa de ser surpreendente. Paz, queridos!

"Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração." (Mateus 6:19-21)

Nota: a(s) imagem(ns) que ilustra(m) o post não me pertence(m). Foi(ram) retirada(s) da Internet.
Nota2: se achar o texto interessante, fique livre para compartilhar. Só peço que conserve meu nome como autora (Fátima Menezes), ou, pelo menos, coloque um link apontando para este blog. Com isso, não pretendo adquirir méritos (o que Deus me dá, retorno para Ele), mas nutro a esperança de que aqueles que lerem os escritos encontrem mais coisas legais por aqui. 

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